Em meio a essa corrida para encontrar uma vacina contra a COVID-19, a China é a quarta no pódio, pelo menos quando se trata de testes realizados aqui no Brasil. Acontece que a farmacêutica chinesa Sinopharm entrou na fase de testes em humanos, e é a quarta empresa a fazer testes no país, tendo em mente que o Brasil já participa de ensaios clínicos conduzidos por Oxford/AstraZeneca, Sinovac Biotech e pela parceira Pfizer/BioNTech.
O governador do Paraná assinou, na terça-feira (28), o termo de confidencialidade com a empresa estatal chinesa, e a expectativa é que o processo possa começar ainda no mês de agosto. Essa parceria de cooperação técnica e científica do Governo do Paraná com a China para iniciar os testes e a produção de vacina contra a COVID-19 no Estado, por meio do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná). Além dos testes, o acordo também garante ao Estado acesso ao resultado das duas primeiras fases de testagem. Tendo isso em mente, o laboratório aponta que os processos iniciais, já encerrados, tiverem 100% de positivação e sem reação adversa grave.
O próximo passo é estabelecer o termo científico regulatório e o protocolo sanitário de validação para identificar o melhor modelo de testagem a ser seguido. A intenção, segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, é fazer do instituto paranaense um polo produtor e distribuidor do medicamento para o restante do Brasil e também para países da América do Sul, só que todo o processo ainda depende da liberação do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Vale ressaltar, ainda, que estão formando um grupo de trabalho para definir o protocolo de validação para o início dos testes em fase III da vacina chinesa. O grupo contempla especialistas e técnicos do Tecpar; a Secretaria da Casa Civil; da Superintendência-Geral da Ciência Tecnologia e Ensino Superior; e a Secretaria da Saúde, e a ideia, basicamente, é que nos próximos 15 dias o termo seja submetido aos órgãos regulatórios. Depois da aprovação, deve ser iniciada a fase de testagem da população.
O diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado, diz que os estudos clínicos na fase III, que avaliam a eficácia da vacina, costumam ser feitos em torno de três a quatro meses, e só depois de resultados satisfatórios obtidos na fase III é possível iniciar as tratativas para a produção.
Corrida pela vacina contra COVID-19
Cerca de 130 vacinas contra a Covid-19 estão sendo produzidas no mundo. Em estágio avançado estão os estudos realizados pela Universidade Oxford, da Inglaterra. O Brasil tem uma parceria para a produção da vacina, por meio da Fiocruz. A expectativa é que a vacina da Oxford possa ser produzida no início de 2021. Os testes também estão na fase 3.
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